quinta-feira, 30 de agosto de 2012
- ranger
Desde este momento que não sei bem o que irei fazer … A pessoa que eu menos esperava , está a apaixonar-se por mim , e bem … eu não sei o que fazer … Tudo parece andar à roda e o mundo como eu o conhecia , está completamente mudado ! se eu pelo menos soubesse o que fazer , é que é tudo tão difícil de perceber . Não sei se estarei a agir corretamente , ao apaixonar-me por ele também . Não é que não goste de o fazer , mas sim , ter medo de ser magoada outra vez . A agonia aperta-se no meu peito e as lágrimas caem , sem avisarem . É tudo tão vago , neste nevoeiro espesso . Tento encontrar a saída deste local desconhecido , mas nada me é familiar , a não ser esta dor tremenda que me ataca o corpo , até aos ossos . Está a chover torrencialmente e sinto alívio nesta chuva fria , mas refrescante na pele. Quero tanto dizer adeus , mas a minha boca não me deixa . Já não controlo as ações do meu corpo , que tanto odeio .
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Pulsos
Ultimamente tenho sentido uma vontade de voltar a cortar os pulsos... Não sei o que se passa comigo agora ! A minha cabeça anda a mil e o meu coração anda doido. Olho para os meus pulsos e os flashbacks começam. Lembro-me da primeira vez que me cortei. Foi na casa da minha avó. Estava sentada no chão da cozinha a olhar para a faca afiada a reluzir. Engoli em seco e respirei fundo três vezes. Estava a tentar ganhar coragem de o fazer. Achava-me uma cobarde qe nem me cortar conseguia. Olhei de novo para a faca e aproximei a minha mão dela e elevei-a. Tudo estava mal. Tudo. A minha vida estava uma merda , a minha mãe estava a piorar cada dia que passava e o Red andava a ignorar-me. Toda a gente me fazia pressão. Parecia o colapsar das coisas em cima de mim, não me conseguia aguentar... E foi ai... Peguei na faca e espetei-a no pulso. Sangue vermelho começava a jorrar e a caírem pingas no chão. Ping. Cravei com mais força a faca e senti uma dor enorme. A minha mente agora só pensava na dor. Nos guinchos internos esbarrados na minha cabeça. Tudo estava um alvoroço. O meu coração batia mais forte e a minha visão estava repleta de vermelho-vivo e não conseguia ver mais nada. A luz da cozinha tornava-se ainda mais brilhante e fez-me chorar. Lágrimas gordas e cintilantes deslizavam pela minha cara e escorriam pelo meu peito deixando um rasto. Atirei a faca para longe e deixei-me contorcer no chão, rodeada de sangue. Soluçava e ardia de dor. Nada de comparou àquela dor. Sentia os meus ossos a vacilar, a tremer. Pareciam partir-se. Pus a minha outra mão por cima do profundo corte e chorei ainda mais. Sim, agora sim. Aquilo era dor. A dor verdadeira.
Ainda olho para o meu pulso esquerdo e vejo a cicatriz.
« foi a gata. »
« foi a jogar volei, qe me magoei »
« não faço a mínima »
« cai no quarto»
« tropecei ! que totó »
« não ligues, não é nada »
domingo, 12 de agosto de 2012
Eu realmente não entendo estes sentimentos que se apoderam de mim. O meu estômago contraí-se; o meu coração desata a correr; os meus olhos ficam esbugalhados; as minhas sobrancelhas elevam-se e fico toda mole por dentro. É como uma vela que se derrete à medida que o tempo avança - realmente não o entendo. Todos estes dias a tentar esquecer aquele pateta; para depois me apaixonar outra vez . Mas... Mas desta vez foi mesmo recíproco, só que... enfim... Durou pouco tempo ! Porque afinal a distância acaba por destruir tudo , de uma maneira ou de outra .
« because we all need somebody to talk to ,
somebody that will listen ,
somebody that understands ... »
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